quinta-feira, 14 de junho de 2007

Contrasensos

Por que construir novas e bilionárias hidrelétricas numa região de ecossistema delicado como a Amazônia quando o Brasil desperdiça centenas de megawatts todo ano em linhas de transmissão obsoletas e usinas antigas?

Essa é a grande questão que paira sobre Belo Monte.






A Eletrobrás planeja várias barragens para o Xingu, porque Belo Monte, sozinha, não será capaz de gerar a energia anunciada, de 11 mil megawatts. Em virtude do regime de águas do rio, a usina só funcionará a todo vapor durante 3 meses no ano. Assim, sua construção serviria, na verdade, para criar um fato consumado e um cenário em que, para não perder os investimentos bilionários, o país seria obrigado a fazer as outras barragens, com áreas alagadas bem maiores. A área alagada de uma dessas usinas complementares, Babaquara, seria de 6 mil km2. No mapa acima, todas as barragens projetadas para o rio Xingu.

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