quinta-feira, 3 de julho de 2008

Brasil e Venezuela assinam acordos, mas não avançam em negociação sobre refinaria

Agência Brasil

CARACAS (VENEZUELA) - Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez assinaram, há pouco, em Caracas, na Venezuela, 21 acordos nas áreas energética, industrial, agrícola, tecnológica, ambiental e de educação. Apesar da expectativa, não foi anunciado nenhum avanço sobre a parceria entre Brasil e Venezuela para refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. No último encontro entre os dois presidentes foi firmado um acordo para construção da refinaria, mas ainda faltam definir questões como o estatuto da empresa, acordo de acionistas e contratos de compra e venda de petróleo.

Ainda na área energética, os dois países acertaram a troca de energia entre as usinas hidrelétricas de Guri, na Venezuela, Tucuruí, no Pará e Belo Monte, também no Pará. Esse projeto ainda depende da construção de uma linha de transmissão entre os dois países. A compra de gás natural liquefeito da Venezuela está prevista para depois de 2014.

Os dois presidentes ressaltaram a necessidade de integração entre os países da América Latina para fortalecer a economia da região. O presidente Lula disse que já não existe mais desconfiança do empresariado brasileiro para investir na Venezuela.

Os presidentes Lula e Chávez se comprometeram a trabalhar juntos para conservação do meio ambiente, da Região Amazônica e para fortalecer a economia da fronteira entre os dois países.

A Venezuela vai fornecer ao Brasil uma linha de conexão por fibra ótica para ampliar o acesso à internet de alta velocidade no Norte do país. Os dois países também vão trocar experiências de tecnologia na área de TV digital.

O Brasil vai ajudar a Venezuela a desenvolver suas áreas industrial e agrícola por meio dos escritórios da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Outro acordo visa garantir a segurança das aeronaves que circulam na região de fronteira. Também foi firmado acordo para regulamentar o intercâmbio de pessoas condenadas para que possam cumprir as sentenças em seus países de origem.
(O Globo Online - 27/06/08)

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