Mônica Tavares
Se a briga entre a Odebrecht e a Energia Sustentável do Brasil for parar na Justiça e atrasar a construção da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, poderá inviabilizar investimentos previstos da Suez de cerca de US$ 9 bilhões no Brasil para os próximos cinco anos. O alerta foi feito pelo presidente da Energia Sustentável do Brasil, Victor Paranhos, durante entrevista nesta terça-feira. Segundo ele, "o maior temor é único, a judicialização".
- Não tem sombra de dúvida que a Suez resolvendo Jirau vai entrar em Belo Monte. Desde que esteja com este problema de Jirau resolvido não vai estar no meio de um imbróglio jurídico olhando o próximo. Não dá para estar com uma briga jurídica de 3 mil megawatts. Não tem condições de ter uma obra não começada - disse Victor Paranhos.
Ao ser perguntado se já havia tentado falar com a Odebrecht para tentar resolver os problemas com a líder do consórcio, ele respondeu:
- Mandei beijo, flores, já dei entrevista, mais do que isto só se eu fizer declaração de amor.
Paranhos lembrou ainda que a Odebrecht foi construtora das usinas hidrelétricas de San Salvador, de Canabrava, de Itá e que também estão contratando a empresa no Panamá para a construção de três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Ele contou ainda que estão conversando com a Odebrecht sobre os aproveitamento no rio Teles Pires, que deve entrar em 2010.
- Espero que hoje depois da adjudicação os dois consórcios possam sentar juntos - afirmou ele.
(O Globo Online - 22/07/08)
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